O tempo e a sensação.
Em seguida, vocês terão alguns apontamentos feitos na tarde de hoje acerca do tempo e as minhas sensações. As fotos foram tiradas na cidade de João Pessoa entre os dias 2 e 4 deste mês. Espero que gostem. Caso encontrem algum erro ortográfico, desconsiderem e tentem uma interpretação de acordo com a sua subjetividade.
I
Sempre fui fã do tempo e até então, infelizmente, eu não percebia, simplesmente ignorando-o. Sempre me fascinei como tudo nessa vida pode se relativizar. O seu e o meu tempo nada mais passam de um ponto de puro referencial. No nosso caso, as horas e as datas servem como referencia. Mas isso é muito carnal. Aqui é tudo muita alma. Ignorar o tempo é um equívoco muito forte. Mas, em muitos momentos, me sinto estático no tempo, espaço e direção. Uma forma de pensar, sentir e agir acima da dimensão terráquea que está impregnado em nossas almas. Não sei ao certo o que isso seja, só sei que não é ruim. sinto-me bem, faz parte da minha essência.
As vezes tenho vergonha de assumir o que realmente sou, mas nem sempre sou assim. Fazer o quê? Sou assim. Quando escrevo, pergunto-me se realmente sou aquilo que está escrito. Recebo elogios dos que leem, talvez não seja tão ruim assim crer nas linhas que foram escritas por mim.
No fundo, ainda há uma força que me faz esquecer essa coisa amarga e limitante que há em mim. Não custa nada ser sincero consigo mesmo.
II
Já estamos no final da primeira semana de dois mil e dez, e com isso, já vejo o quanto teremos de lutas, jornadas e compromissos a serem cumpridos neste ano que se iniciou.
Sempre dividi a minha vida em fases. No final do ano passado, considero uma fase. E assumo que o final de um ano é a fase que mais gosto. É uma mistura entre confraternização, nostalgia e construção de novos planos.
Além das festas de final de ano e os reencontro com os amigos, fico muito pensativo e realmente reflexivo, a tal ponto de me isolar do mundo da cidade. Afinal, não custa nada relembrar um pouco como se foi o ano que passou. Chego a pensar que: como seria as nossas cabeças se não tivéssemos o dom de esquecer??. Mesmo se sentindo bem, ainda lembramos do nosso passado muitas vezes com pesar. E isso é profundamente ruim para nossa alma.
Fora as minhas idéias filosóficas acerca do tempo e o dom de esquecer, um final de ano é a fase que meus sentimentos se afloram e a possibilidade de ser diferente me transforma. Bem, não custa nada construir um tempo diferente. Mas, o meu principal medo é de ficar apenas nas palavras. Afinal, a vida acontece lá fora. Aqui eu simplesmente retrato-o através do meu eu.
Teremos outra chance?
III
Uma vez dizia a uma amiga que nossas vitórias e conquistas devem ser realizadas em vida dos nossos país ou qualquer outro que gostaríamos a presença em vida de nossas glórias. Eu sempre fui muito otimista compreensivo. Gosto de ser assim. É o que eu tenho de mais límpido e valioso. O resto é mero adereço. Sempre lhes disse que nada está perdido e que ainda temos chance. Só ainda não os disse que os pais ainda continuam sendo a presença forte de uma família. Por isso, devem ao menos respeito e zelo. Por mais que a instituição da familia esteja quase falida e prejudicada pelo comércio ilegal de drogas, não podemos, nós como filhos, esquecer que ainda seremos pais. Finalmente, lamentações são apenas lamentações.
O tempo somente é uma questão de tempo. Não podemos esacreditar
Eu sempre achei que não se pode escolher um lado diante de dois. A partir de três, sinto-me mais seguro. Busco o equilíbrio dos lados e entre o jogo de poderes. É difícil. Não imaginam como. Eu ainda não tenho uma receita, talvez nunca tenha, de como podemos encontrar o tal falado equilíbrio, mas é uma conquista diária diante o tempo contra nós mesmos e nossos impulsos.
Vamos em frente?
IV
Lembrar, pra mim, é só para não esquecer que eu esqueço muito fácil Esse negocio de tempo nada mais é do que lembrar do passado e pensar no futuro. Ou seja, é o presente. O tempo é o presente, entenderam?.
Me incomodo ter que lembrar dos que já passaram sem ao menos lhe dizerem um adeus. Não podemos ficar eternamente presos ao passado então porque me estranham quando tento um novo contato com a pessoa? Bem, dane-se.
Visão de futuro é o que vale?
V
O tempo deixa cicatrizes em nós quando o destino proporciona frustrações. Em mim, quando penso nisso, entro em uma moderada crise existêncial. De tal forma que me faz perder o rumo da prosa. Mas quem disse que aqui se precisa de um norte? Tranqüilamente, nada do que um copo com água e um ar fresco não resolva. :)
Com tudo isso, ainda considero o tempo um negócio esquisito. Ainda vou filosofar muito sobre ele. Embora eu saiba de que tudo na vida, quanto mais sermos subjetivos em nossas idéias e mais objetivos em nossas altitudes viveremos em um mundo menos medíocre e tempos mais felizes.
VI
Finalmente, O tempo é construindo por uma sensação unica que engloba as demais sub-sensações. Quando dois corpos estão unidos, por exemplo, e há um entendimento entre ambos de que o tempo é somente o presente que estão vivendo, estão rompendo a barreira do pensar disseminado em nossa sociedade. Nesse novo aspecto, o presente tende a ter um sabor diferente de descobertas e aprendizagens. Por fim, esse caso é um simples evento de como dimensionar o tempo é um ótimo exercício para o seu 'eu' ser menos automático para ser mais dinâmico e manual.
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NOTA-se: De algo pessoal e em primeira pessoa, ao mesmo tempo, passa para o impessoal e torna-se como uma conversa franca.