Desgraça da natureza humana....
sob a perspectiva da Loucura:
Se alguém, do alto de uma torre elevada, se divertisse em observar o gênero humano, como os poetas dizem que Júpiter o faz de vez em quando, que quantidade de males ele não verias atacar de todos os lados a vida dos pobres mortais! Um nascimento imundo e sórdido, uma educação penosa e dolorosa, uma infância exposta ao arbítrio de tudo o que a cerca, uma juventude submetida a tantos estudos e trabalhos, uma velhice sujeita a tantos sofrimentos insurportáveis, e enfim a tristee dura necessidadede morrer. Juntai a isso a quantidade inumerável de doenças que nos assediam constantemente no curso dessa vida infeliz, os acidentes que não cessam de nos ameaçar, a invalidez que de repende nos oprime, o fel amargo que envenena sempre nossos instantes mais doces. Sem falar ainda de todos os males que o homem causa a seu semelhante, como a pobreza, a prisão, a infâmia, a vergonha, os tormentos, as emboscadas, as traições, os processos, os ultrajes, as patifarias.... Mas como contá-los? São em tão grande número como os grãos de areia à beira do mar. Que crimes fizeram o homem merecer todos esses males? Que deus irritado pode tê-los forçado a viver nesse abismo de misérias? Eu vos diria claramente o que penso disso, mas não me é permitido fazê-lo neste momento. O certo é que um homem que refletisse a sério sobre todas essas coisas pdoeria ser muito tentando a aprovar o exemplo das jovens de Mileto¹, por mais deplorável que pareça."
Assim deu-se as páginas 47-8
___________________
¹. O episódio apócrifo da Trípode (ou taça, conforme outras versões) dedicada ao mais sábio, destaca outra vez a Tales, como famoso em seu tempo.
"É conhecida a história da trípode encontrada por pescadores, e que os de Mileto enviaram aos sábios. Os jovens de Icônia compraram, como se diz, um lance de rede aos pescadores de Mileto. Havendo sido captada também uma trípode, e porque não chegaram a um acordo sobre o que fazer, mandaram consultar ao Oráculo de Delfos.
Respondeu a divindade com as seguintes palavras:
Jovens de Mileto, vós me perguntais pelo dono da trípode. Eu a adjudico ao mais sábio
Em consequência disto a trípode foi dada a Tales, que a remeteu a outro, e este a um terceiro. O último a receber a trípode foi Sólon, que a enviou a Delfos, dizendo que o primeiro dos sábios era Deus" (D. L., I, 28-29).
Deu-se ainda outra versão:
"Calímaco, em Jambos, apresenta uma versão diferente, atribuída a Leandro de Mileto. Diz que um certo Bathyeles deixou, quando morreu, um vaso que legava ao mais sábio.
Tales o recebeu e este o reenviou a outro. Havendo-lhe sido devolvido, depois de haver passado de mão em mão, o enviou ao templo de Apolo Didimeo [em Mileto], com a inscrição seguinte, conforme Calímaco:
Duas vezes me recebeu Tales como dádiva; ele me consagrou ao Deus que rege ao povo de Neleu" (D. L., I, 29).
Ainda outras versões sobre a mesma narrativa são retransmitidas sobre o episódio, e que revelam a fama de Tales na imaginação popular como sábio destacado.
Se alguém, do alto de uma torre elevada, se divertisse em observar o gênero humano, como os poetas dizem que Júpiter o faz de vez em quando, que quantidade de males ele não verias atacar de todos os lados a vida dos pobres mortais! Um nascimento imundo e sórdido, uma educação penosa e dolorosa, uma infância exposta ao arbítrio de tudo o que a cerca, uma juventude submetida a tantos estudos e trabalhos, uma velhice sujeita a tantos sofrimentos insurportáveis, e enfim a tristee dura necessidadede morrer. Juntai a isso a quantidade inumerável de doenças que nos assediam constantemente no curso dessa vida infeliz, os acidentes que não cessam de nos ameaçar, a invalidez que de repende nos oprime, o fel amargo que envenena sempre nossos instantes mais doces. Sem falar ainda de todos os males que o homem causa a seu semelhante, como a pobreza, a prisão, a infâmia, a vergonha, os tormentos, as emboscadas, as traições, os processos, os ultrajes, as patifarias.... Mas como contá-los? São em tão grande número como os grãos de areia à beira do mar. Que crimes fizeram o homem merecer todos esses males? Que deus irritado pode tê-los forçado a viver nesse abismo de misérias? Eu vos diria claramente o que penso disso, mas não me é permitido fazê-lo neste momento. O certo é que um homem que refletisse a sério sobre todas essas coisas pdoeria ser muito tentando a aprovar o exemplo das jovens de Mileto¹, por mais deplorável que pareça."
Assim deu-se as páginas 47-8
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¹. O episódio apócrifo da Trípode (ou taça, conforme outras versões) dedicada ao mais sábio, destaca outra vez a Tales, como famoso em seu tempo.
"É conhecida a história da trípode encontrada por pescadores, e que os de Mileto enviaram aos sábios. Os jovens de Icônia compraram, como se diz, um lance de rede aos pescadores de Mileto. Havendo sido captada também uma trípode, e porque não chegaram a um acordo sobre o que fazer, mandaram consultar ao Oráculo de Delfos.
Respondeu a divindade com as seguintes palavras:
Jovens de Mileto, vós me perguntais pelo dono da trípode. Eu a adjudico ao mais sábio
Em consequência disto a trípode foi dada a Tales, que a remeteu a outro, e este a um terceiro. O último a receber a trípode foi Sólon, que a enviou a Delfos, dizendo que o primeiro dos sábios era Deus" (D. L., I, 28-29).
Deu-se ainda outra versão:
"Calímaco, em Jambos, apresenta uma versão diferente, atribuída a Leandro de Mileto. Diz que um certo Bathyeles deixou, quando morreu, um vaso que legava ao mais sábio.
Tales o recebeu e este o reenviou a outro. Havendo-lhe sido devolvido, depois de haver passado de mão em mão, o enviou ao templo de Apolo Didimeo [em Mileto], com a inscrição seguinte, conforme Calímaco:
Duas vezes me recebeu Tales como dádiva; ele me consagrou ao Deus que rege ao povo de Neleu" (D. L., I, 29).
Ainda outras versões sobre a mesma narrativa são retransmitidas sobre o episódio, e que revelam a fama de Tales na imaginação popular como sábio destacado.
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